Ermesinde, há quanto tempo
não ia lá!
Creio que a última vez fui
comprar um granito polido. E em terras que não se passa há algum tempo, há
sempre aquele confusão dos sentidos proibidos a criarem barragens no cérebro.
Estou grata pelo convite que Manuel Dias me
fez para assistir à sua conferência “Ermesinde, 25 anos de cidade”.
No
Parque Urbano, junto à Estação Ferroviária!
Se fosse a pé ou de comboio
seria mais fácil, mas como quem tem amigos, não morre na prisão, não foi
difícil lá chegar. Afinal, até me lembrei que tinha ido a uma exposição ao Fórum
Cultural, uma adaptação inteligente de uma fábrica de cerâmica.
Encontrei um Parque
agradável cheio de sombras num dia de verão, uma exposição de iguarias para ler
e comer. Ah! Os “meus” irresistíveis doces da “Santa Rita”, não é este o seu
nome, creio, mas foi esta a designação que a minha mãe lhes deu, por fazerem
parte do magro rol de alimentos que eu, em criança, comia com gosto. Não sei se
lhes chamou assim por ser Santa, advogada das causas impossíveis, ou por os
comprar, alguma vez, na festa de Santa Rita. A verdade, é que estes doces de
gema com açúcar se vendem em todas as festas que se prezem!
A conferência foi
interessante, como sempre imbuída da facilidade comunicativa que caracterizam o
orador.
O passeio pelo parque foi muito
agradável e aquele gigante no meio do lago fascinou-me. Foi inaugurado em 2001
e eu nunca o tinha visto. Personifica a força, capaz de quebrar todas as amarras.
É o “Futuro”, uma escultura de Agostinho Rocha Orlando Machado e assim espero que
a personificação consiga tornar-se realidade.
Na verdade, senti que ali
havia todos os ingredientes para que o futuro se possa alicerçar no passado,
bem conservado, até o pormenor da antiga chaminé, em restauro, o indiciavam!