Mostrar mensagens com a etiqueta História. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta História. Mostrar todas as mensagens

domingo, 21 de novembro de 2010

Estamos haciendo história





Formatação: Maria de Fátima Gomes

"Dos pequenos actos que se ejecutan son mejores que todos aquellos grandes que se planean" George Marshall

Letra e música: Alberto Escobar

Mientras más puedi conocer
lo qu el passado en la memoria nos dejó
mejor comprendo lo que soy,
ya que la historia dá sentido
a lo que pasa y pasará, ahora
em mi país, entre nosotros.

Este país tiene dos alas
mar de culturas, una herencia
cruz de caminos y un destino
y estamos haciendo historia.

Cuando más puedo conocer
mejor comprendo lo que pasa y lo que soy
y así la historia seguirá
llena de vida conla fuerza
que le demos al andar ... ahora
fuerte la voz, mano con mano

Viejas costumbres, nuevos moldes
viejos rencores, nievas formas
viejas creencias aún latentes
y estamos haciendo ...
estamos haciendo hiostoria.

Todo sucede paso a paso
un paso empuja, otro concreta,
y es con la suma de los pasos
que estamos haciendo ...
estamos haciendo historia.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Em favor do ensino da História

Para:Sociedade civil, Professores, Investigadores


Considera que o ensino da História é um instrumento fundamental para que os portugueses possam compreender a realidade envolvente, procurar a realização pessoal, contribuir para o desenvolvimento sustentável e para o aprofundamento da democracia?
Sabe que, para além das reduções do peso curricular impostas nas últimas décadas, as disciplinas anuais de História podem vir a dar lugar a unidades curriculares semestrais de História e Geografia?
Tem conhecimento de que, actualmente, para aceder aos Mestrados em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário basta ter realizado, numa Licenciatura de três anos (180 ECTS), dois anos (120 ECTS) em ambas as áreas disciplinares (nenhuma das quais com menos de 50 ECTS)?
Subscreva a petição proposta pela Plataforma “História, democracia e desenvolvimento”, dinamizada pela Direcção da Associação de Professores de História, pelo Departamento de História, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; pelos investigadores e docentes António Borges Coelho, António Manuel Hespanha, Filomena Pontífice, Isabel Barca, João Paulo Avelãs Nunes, Marília Gago, Olga Magalhães, Raquel Pereira Henriques e ainda por Artur Santos Silva.


Manifesto “História, democracia e desenvolvimento”

As reformas dos Ensinos Básico e Secundário, Politécnico e Universitário concretizadas em Portugal nas últimas décadas contribuíram para a diminuição do peso quantitativo e qualitativo da historiografia — da história, da arqueologia, da história da arte e das tecnologias delas derivadas — nos currículos escolares. Complementarmente, as sucessivas reformas do sistema de ensino e de formação profissional têm implicado a perda de oportunidades de divulgação e de rentabilização deste conjunto de saberes como vectores fundamentais para o aprofundamento da democracia e para a promoção do desenvolvimento sustentável.
Entre outros exemplos de desvalorização da importância da história no âmbito escolar, salientam-se a menor presença ou a ausência de módulos ou disciplinas de história em muitas das ofertas curriculares, as alterações introduzidas em 2007 na formação inicial de professores (“Processo de Bolonha” e Decreto-Lei nº 43, de 22 de Fevereiro) e a continuada precariedade da formação contínua, a simplificação redutora do perfil funcional dos professores e a sistemática menorização das actividades extra-lectivas e extra-curriculares (visitas de estudo, clubes de actividade, exposições ou núcleos museológicos, modalidades de ligação à comunidade, programas de intercâmbio, etc.).
Devido às transformações entretanto ocorridas — níveis crescentes de integração social global e, ao mesmo tempo, de desigualdade entre regiões e países —, a história é, cada vez mais, um saber indispensável para os indivíduos e para as comunidades. A sua natureza estruturante e carácter extensivo, as múltiplas correlações com a realidade actual pressupõem e justificam, quer uma formação particularmente exigente dos professores, quer um contacto regular dos estudantes com a área de saber em causa. As disciplinas de história podem, assim, contribuir para a promoção de competências gerais, transversais e específicas; para combater a hegemonia da cultura de massas e do absentismo cívico.
Mau grado o suposto acesso universal à informação, a escola e, nesta, as disciplinas de história continuam a desempenhar um papel essencial na aquisição de capacidades de rastreio, selecção e interpretação de dados, experiências de vida e memórias. Porque trabalha com a multiplicidade das facetas das sociedades humanas no espaço e no tempo, a história facilita, pois, o contacto com instrumentos de análise que potenciam o combate às assimetrias socioculturais, que permitem uma efectiva capacidade individual de escolha.
Os saberes de matriz historiográfica são, ainda, economicamente relevantes. Garantem uma base sólida para tecnologias como a didáctica da História e o jornalismo, a arqueologia industrial e o património cultural, a museologia e o turismo cultural, a arquivologia e a biblioteconomia, a conservação e o restauro, a cultura organizacional e a diplomacia, o design e a publicidade, o cinema e a produção de conteúdos multimédia. Enriquecem, também, a generalidade dos outros desempenhos profissionais. Instituições públicas e organizações privadas; empresários e profissionais liberais, gestores e quadros superiores, chefias intermédias e trabalhadores são mais adaptáveis e imaginativos, eficazes e responsáveis, geram maior valor acrescentado de forma continuada quando adquirem, formal ou informalmente, competências históricas.
Quando encaradas de forma objectivante, as disciplinas de história podem, igualmente, contribuir para a formação e a consolidação de uma consciência social aberta, democrática e participativa. Fazem-no contextualizando fenómenos complexos; viabilizando posturas menos alienantes face às problemáticas da multiculturalidade e das identidades (locais, regionais, nacionais e globais; sexuais e etárias, socioeconómicas e socioculturais, político-ideológicas e étnico-religiosas); treinando-nos para lidar com as diferenças e as semelhanças, as mudanças e as permanências, a cooperação e a conflitualidade, as situações de crise ou estagnação e de progresso; tornando conjecturável o relacionamento entre o passado, o presente e eventuais cenários futuros.
Para que o ensino da história corresponda a estas expectativas é, no entanto, relevante que se baseie nos pressupostos epistemológicos, nos conceitos teóricos, nas metodologias de reconstituição e interpretação da “nova historiografia”; numa didáctica promotora da qualidade, da criatividade e da autonomia; numa escola de intervenção globalizante. Urge, deste modo, inverter a tendência descrita e encontrar soluções alternativas, debatendo, nomeadamente, planos curriculares, formação inicial e contínua de professores, legislação de enquadramento da escola e da profissão docente.


Lisboa, Maio de 2010

Os signatários

Assina a petição
http://www.aph.pt/inicio.html

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A História outra vez

A História, no dizer de Vitorino Magalhães Godinho, como forma de bem pôr os problemas do presente, pelo estudo do passado, fazendo a ponte para o futuro, fá-lo por razões de objecto epistemológico (a História estuda o Homem total) numa perspectiva de desenvolvimento de valores pessoais e colectivos , nomeadamente porque faculta o desenvolvimento do raciocínio moral a parir da análise das acções dos agentes históricos, bem como da sensibilidade estética, criatividade, do gosto pela investigação do passado, tendo em vista a acção sobre o presente numa perspectivação de um futuro melhor.
Da mesma forma e ainda no domínio dos valores, a História é capaz de fomentar, numa perspectiva diacrónica, o espírito de tolerância, a capacidade de diálogo, fomentando a defesa dos direitos humanos pela compreensão das acções e atitudes dignas e inerentes ao homem e através delas desenvolver atitudes de solidariedade em relação a outros indivíduos, povos e culturas.
O estudo da diacronia histórica permitirá que o aluno vá desenvolvendo com orgulho uma identidade cultural regional e pátria como factor integrante da consciência europeia e mundial.
O conhecimento da História levará o aluno a desenvolver o interesse pela intervenção nos diferentes espaços, em que se insere defendendo o  património cultural e a melhoria da qualidade de vida ( no sentido mais lato, já que relaciona o homem com todos os espaços em que se envolve).
Na verdade, a História é também fundamental no domínio dos conhecimentos pelo desenvolvimento das noções fundamentais nas quais se move – o espaço (comum à Geografia) e o tempo – tão difíceis de equacionar em alunos até aos 15 anos de idade.
A História, com a sua inerente diacronia, é capaz de fomentar nos alunos a noção de evolução, alargar e consolidar a noção de condicionalismo, causalidade, de multiplicidade temporal ou relativismo cultural diacrónico.
Devido a estes pressupostos, a Comunidade Europeia preconiza como base de todo o curriculum escolar, as disciplinas de Língua Pátria, História e Matemática.
E, mais não digo!

sábado, 13 de novembro de 2010