sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Eutanásia

 

Venceu a Eutanásia!!!!! ????

Os projetos baixarão às comissões, espero que as suas redações sejam bem esmiuçadas. Tenho bem presente a minha tia Rosalina, décadas deitada na cama sem conseguir mexer-se e pedindo sistematicamente a Deus que lhe trouxesse a morte.

Mas, quem de nós conseguiria matar? Hoje há uma panóplia de medicamentos e terapias que tiram o sofrimento e criam a ilusão de conforto.

Não sou capaz de tomar decisão por ninguém, de condenar ninguém.

No entanto, não seria melhor, lutarmos pela construção de cuidados paliativos capazes?

O Jornal de Notícias refere que “entre 69 a 82 por cento dos doentes que morrem no nosso país necessitam de cuidados paliativos, mas mais de 80 por cento não os têm porque as respostas são insuficientes”. E ainda: “Os maiores hospitais do país, Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa incluído, não têm unidades de internamento. Oito dos 18 distritos não têm qualquer equipa domiciliária. E mais de 70 mil doentes continuam sem acesso a esses cuidados. Faltam recursos humanos e materiais. Faltam horas nos hospitais destinadas a estes cuidados. Faltam equipas em várias zonas do país. E falta formação orientada para um sector tão específico.”

A felicidade é, afinal, tão equívoca, tão subjetiva!

Lembro o belíssimo filme “Como Eu Era Antes de Você" ou “Intocáveis“ baseado no livro de “Walking Papers”, uma autobiografia do autor tetraplégico Francesco Clark que dirá: ““Sou um perfeito exemplo de que a vida não só continua como se torna melhor a cada dia”

Outros casos existirão diferentes!....

Mas por estas e outras coisas, não sinto nenhum sabor de vitória!

https://www.youtube.com/watch?v=FpwuGtn8aGA

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

A FORMIGA


 

"Há uma crise geral das ciências do homem: todas elas se encontram esmagadas pelos próprios progressos, mesmo que isso seja devido apenas à acumulação de novos conhecimentos e à necessidade de um trabalho colectivo, cuja organização inteligente ainda está por estabelecer"         
                                                                                                Fernand Braudel


Como considera Maria do Céu Roldão “o aluno que não gosta (de História) perde, por isso, não só a oportunidade de aprender bem e agradavelmente, mas perde mais do que isso, (…) perde uma das possibilidades mais ricas e gratificantes de se entender como pessoa, de compreender a sociedade que é a sua no contexto multifacetado do mundo do seu tempo; de se posicionar com uma atitude crítica, curiosa e interessada face ao devir em que participa; perde alguma coisa essencial, não só à sua formação pessoal, mas também ao prazer de viver compreendendo”.