domingo, 10 de março de 2013

Metas de aprendizagem


Através de uma análise ainda superficial das metas para a disciplina de História, constato que:
- as competências ( mecanismos complexos, mas que teoricamente obrigavam os alunos a conhecer, aplicar a situações concretas, reconstruindo o conhecimento) foram postas de lado. Na verdade, nós não tínhamos tempo suficiente para as operacionalizar como deve ser, mas lá íamos tentando fazer verdadeiros milagres.
- Voltamos então aos objetivos que segundo aprendi devem estar formulados num grau de concetualização crescente e não acontece. Frequentemente começa-se por relacionar e termina-se a identificar.
- Uma vez ou outra aparecem dois objetivos na mesma frase. Aliás a meta é sempre conhecer e compreender.
- Ao longo de todo o texto surgem objetivos não operacionais como “reconhecer”. Como é que vou ver se os meus alunos reconhecer sem que eles mostrem através de uma identificação, relação, análise, síntese ou avaliação que reconhecem?
- Estas metas abrangem um programa muito mais extenso. Voltamos ao programa que estudamos no Liceu, com alargamento à Europa de Leste, à China e à América. Surgem algumas notas curiosas como a importância dos impostos. Ótimo, a História deve ser um exercício de cidadania. Só se me coloca uma pergunta pertinente, creio eu:  vamos ter mais horas para lecionar este programa?

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher - Homenagem a Fina d´Armada

Hoje é dia da MUlHER. Há razões históricas para isso, apesar de todos os dias devessem ser o dia da Mulher, ou não haver distinções de géneros. De qualquer forma, hoje, vou aproveitar para prestar homenagem àquela mulher que me deixou mais só e que, apesar de não sermos inseparáveis, eu considerava amiga. Tenho a certeza que ela também. Fina, até um dia, Fina, sempre!

Fui sua admiradora desde a adolescência, entrevistei-a na televisão em 1980, acompanhei-a em lutas para as quais me convidava. Saudades dela e do Fângio, um casal que eu prezava. Bjs à Frederica.






quinta-feira, 7 de março de 2013

Fina d´Armada deixou-nos

Dia de Sol que não aquece.
Hoje estamos todos mais pobres e tristes. Portugal perdeu uma Mulher mais forte que os ventos e marés do imobilismo e da subordinação: a historiadora Fina d'Armada partiu nesta madrugada, subitamente, sem nos dizer nada. resta a sua obra pujante e incómoda, parte dela ( a questão de Fátima), que com ela partilhei em inquietadas investigações e ( im)pertinentes obras. Tempo doloroso, enfim, para todos os que com ela partilhavam o seu entusiasmo, a paixão pela defesa e afirmação da condição feminina. Um abraço de afectos para a sua filha, Frederica d'Armada. Sabemos que onde estiver a Fina terá o conforto das corajosas combatentes que pela pena e pela escrita deixaram marca na sua época. Que descanse em Paz.
Joaqueim Fernandes

Para quê dizer que não estou triste... memórias partilhadas que se foram.... espero que esteja num lugar bom onde possa continuar a levantar a bandeira de luta. Aliás uma força da natureza só pode estar onde estão as árvores, os carvalhos de que tanto gostava, os rios que geram o mar e o sol. A minha solidariedade com a Frederica. Resta-nos pensar que fica nos nossos corações.