Através de uma análise ainda superficial das metas para a disciplina de
História, constato que:
- as competências ( mecanismos complexos, mas que teoricamente obrigavam
os alunos a conhecer, aplicar a situações concretas, reconstruindo o
conhecimento) foram postas de lado. Na verdade, nós não tínhamos tempo
suficiente para as operacionalizar como deve ser, mas lá íamos tentando fazer
verdadeiros milagres.
- Voltamos então aos objetivos que segundo aprendi devem estar formulados
num grau de concetualização crescente e não acontece. Frequentemente começa-se
por relacionar e termina-se a identificar.
- Uma vez ou outra aparecem dois objetivos na mesma frase. Aliás a meta é
sempre conhecer e compreender.
- Ao longo de todo o texto surgem objetivos não operacionais como “reconhecer”.
Como é que vou ver se os meus alunos reconhecer sem que eles mostrem através de
uma identificação, relação, análise, síntese ou avaliação que reconhecem?
- Estas metas abrangem um programa muito mais extenso. Voltamos ao
programa que estudamos no Liceu, com alargamento à Europa de Leste, à China e à
América. Surgem algumas notas curiosas como a importância dos impostos. Ótimo,
a História deve ser um exercício de cidadania. Só se me coloca uma pergunta
pertinente, creio eu: vamos ter mais
horas para lecionar este programa?