domingo, 31 de janeiro de 2021

Qual a origem da expressão “mas que grande 31?”

   


Em homenagem ao Porto, A primeira cidade  a proclamar a República dos Paços do Concelho, apesar de a ter perdido na subida da rua de Santo António, hoje 31 de janeiro.

 

Qual a origem da expressão “mas que grande 31?”

 

Há quem defenda que esta expressão remonta a um jogo  de cartas já jogado século XV,  primeiro denominado  "jogo do 30" e no século XVIII de" jogo do 31". (Fernanda Frazão, "História das cartas de jogar em Portugal e da Real Fábrica de Cartas de Lisboa”.

Com efeito, na letra do "Fado do 31", (http://bit.ly/3t7GTXL)  há a ideia de alguém que está a tirar cartas até rebentar, quando se canta: "E agora vereis, vinte e quatro, vinte e seis, vinte e nove e trinta e um!".

 

A alusão à revolta de 31 de Janeiro de 1891, foi no entanto assumida durante a República e Estado Novo, por exemplo, na revista Arre Burro em 1936  (https://bit.ly/3oE5G1P) . Todavia, mais importante para o assunto que nos prende hoje,  é que na verdade, o grande 31 provocou mortes entre as forças em contenda, exílio de republicanos, mas mais tarde, a semente germinou na implantação da República.

 

Fontes:

https://www.blogger.com/blog/post/edit/3237411040462923975/8314427447340630640

 

https://portuguese.stackexchange.com/questions/2996/qual-%C3%A9-a-origem-da-express%C3%A3o-trinta-e-um

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Porquê um Museu do Holocausto no Porto?

 



                                                                  Museu do Holocausto - Porto

O Holocausto, ocorrido  durante a Segunda Guerra Mundial, designa  o genocídio de 5700000 judeus da Europa, entre os quais um milhão e meio de crianças, mas também outras minorias como  ciganos, comunistas, homossexuais, prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová e deficientes físicos e mentais.

 . 

 O Museu do Holocausto do Porto, tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto cujos pais, avós e familiares foram vítimas do Holocausto, desenvolve parcerias de cooperação com museus do Holocausto em Moscovo, Hong Kong, Estados Unidos e Europa, contribuindo para uma memória que não pode ser apagada.




Sinagoga Kadoorie Mekor Haim

Um passado judaico demonstrado arqueologicamente e a maior sinagoga da Península Ibérica fazem da Cidade do Porto um destino preferencial de judeus de várias nacionalidades.

Os primeiros judeus do Porto viveram no morro da Sé, cerca velha ou muralha suévica,  onde a cidade tem a sua origem e aí conviveram com diversas populações, entre as quais se contavam muçulmanos, na maioria servos ou escravos. Os judeus, comerciantes e algibebes, acusados pelo povo de onzeneiros juntavam-se numa rua, espécie de getho, no qual existia a sinagoga e o talho. Teriam vivido na Rua das Aldas, perto do Arco de Santa Ana, mas não existem fontes arqueológicas a prová-lo. No entanto, pensa-se que comerciariam morro abaixo até à Ribeira, onde tinham os seus negócios. Daí, ter talvez existido, por aí, uma segunda sinagoga,  a Sinagoga de baixo, junto da rua Munhata ou Minhota, hoje Rua do Comércio do Porto. Acima desta, ficaria a judiaria do Olival e a sua sinagoga, por baixo da encosta da Vitória. 



Quanto à  presença dos judeus na Península Ibérica remontará à época romana. Esta região é identificada como Sefarad. Segundo Estrabão e Plínio, os judeus, gozam aqui de um estatuto especial, podendo conservar a sua religião. No entanto, o concílio de Elvira (305/6) estabelece medidas discriminatórias numa antecipação de outros concilios visigóticos. O rei visigodo Egica determina a explusão dos judeus do território cristão, o que poderá justificar a aceitação da invasão muçulmana por parte dos judeus, convivendo com os muçulmanos de forma pacífica.

Apesar do IV concílio de Latrão estabelecer a confinação dos judeus à “terra de ninguém”, com uso da estrela vermelha ou amarela na roupa, tal não foi aplicado em Portugal. Só no tempo de D. Pedro I e D. Fernando se tomaram medidas no sentido de separar os Judeus dos Cristãos.

A existência de judeus, na Península Ibérica é comprovada por estrelas com inscrições judaicas, desde o século II e no território, onde viria a nascer Portugal, desde o século VI.

Quando se formou Portugal, os judeus souberam adaptar-se à nova situação, colaborando com os primeiros reis no âmbito económico e financeiro, artesanal e médico.

Com efeito, os judeus, socorriam, muitas vezes, os primeiros reis, em matéria de finanças pelo que eram até considerados. Por outro lado, não recusavam pagar a juderenga ou judenga, imposto que os ilibada da culpa de Judas ter vendido Jesus por 30 dinheiros.  O Establecimento em bairros próprios funcionou como agrupamento voluntário e não como imposição.

Segundo Geraldo, a crispação dos cristãos contra os judeus que existe na  Idade Média, em Portugal, tem a sua origem no facto daqueles saberem fazer fortuna com dinheiro, emprestando-o a juros altos assim como o seu agrupamento em sociedades cultas e evoluídas. Desta forma, o judeu ganha a conotação de usurário ganancioso e avarento, tão bem retratado nas Cantigas de Escárnio e Maldizer, no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, ou no “onzeneiro” do “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente.

Devido à sua fortuna, D. Afonso IV arranja forma de os tributar de várias formas.

Por todo o país os judeus formam 7 rabinadas, cada uma com o seu ouvidor, nomeado pelo Rabi de Lisboa que os representava junto do rei. A região de Entre Douro e Minho tinha sede no Porto.

Algumas familias judaicas notabilitaram-se pelos seus serviços junto da corte portuguesa, como os Abraneis, Guedelhas, Navarros, Negros, desempenhando alguns dos seus membros o cargo de almoxarife ou médico de reis.

A título de exemplo, salientamos a notoriedade de Yahia bem Yhaia  que foi recebedor das rendas públicas, no tempo de D. Afonso Henriques, ou Abraão Zacuto, astrónomo, no tempo de D. João II. Salientaram-se, também, na impressão de incunábulos, sendo os primeiros a imprimir em Portugal. Dizia-se que tinham “por lei viver e ganhar”.

Nas cortes, aparecem, por vezes queixas contra os judeus, devido ao seu domínio económico. Daí ser necessário muito pouco para que existissem motins contra os judeus, como o que acontece em Lisbos em 1482, no qual perdeu a vida e os bens o notável Issac Abrvanel. D. João II ao aceitar os judeus expulsos de Espanha, obrigou-os a irem povoar a ilha de S. Tomé. 


A Judiaria de Monchique, com a sua Sinagoga (a 3ª na cidade) fora das muralhas, na zona fluvial existirá entre 1380 e 1386. O cemitério ou Maqbar ficaria ali perto. Uma lápide alusiva a esta judiaria foi encontrada na capela de Monchique adjacente ao Convento das Clarissas de Monchique e construída por bula de 1535.  


                              

Inscrição hebraica de Monchique, Miragaia demonstra a presença dos judeus no Porto 
(Museu Arqueológico do Carmo)


Há documentos que referem questões relativas aos impostos por causa do açougue (talho) que existia junto da sinagoga, já que os judeus não comem carne de animais que ruminam e com o casco partido, o que exclui o porco, o camelo, a lebre, o coelho e outros. Existe, ainda o preceito dos animais deverem ser abatidos por um especialista, da maneira mais rápida e indolor, sob superintendência rabínica .


                                                                 Igreja da Vitória

A localização da Sinagoga da Judiaria Nova tem sido uma questão polémica, já que são várias as hipóteses levantadas. A mais discutida é a que aponta o terreno onde mais tarde se construiria o mosteiro de S. Bento da Vitória; outras inclinam-se para a Viela da Esnoga ou as Escadas da Vitória e, a mais plausível, para o lugar onde se ergueria futuramente a Igreja de Nossa Senhora da Vitória.



A Sinagoga do Olival, segundo os documentos encontrados, localiza-se na rua que parte do cimo das escadas da Vitória para as Taipas.





  Judiaria do Olival- maquete do Porto medieval, Casa do Infante



           Rua de S. Miguel



Rua S. Miguel, nº 9



No prédio nº 9, foi encontrada uma parede falsa e nela um nicho (ekhal, a reentrância onde eram guardados os rolos da Torá, a parte mais sagrada da sinagoga, também conhecida simplesmente como Arca).



Com efeito, a história dos judeus no Porto é longa, já que a sus existência nesta cidade deve remontar ao início da nacionalidade. No entanto, em finais do século XIV, D. João I decretou que os Judeus fossem viver para o Olival (Rua de S. Bento da Vitória, Rua de S. Miguel, Rua das Taipas até Belmonte) dentro das Muralhas Fernandinas, medida que não foi muito bem recebida, já que até ali a comunidade espalhava-se pela rua das Aldas/Santana, S. João Novo e  Monchique, no sítio conhecido por Monte dos Judeus, onde havia uma sinagoga.

Mais  tarde, o  último gaon (autoridade rabínica) de Castela, Isaac Aboab, quando os judeus foram expulsos de Espanha, em 1492, negociou com D. João II a vinda para a atual Rua de S. Miguel, no Porto de 30  famílias notáveis castelhanas, acolhidas em condições  favoráveis pela Câmara Municipal da cidade.Foi na judiaria do Porto que se vieram a instalar o Rabi Isaac Aboab,  assim como o filósofo, judeu converso, Uriel, Gabriel da Costa, que teve que fugir para Espanha.(Agustina, Bicho da terra).

Os judeus estavam constituídos em Comuna, com oficiais eleitos, tal como os cristãos se constitíam em Câmara, logo, uma espécie de concelho dentro do concelho.

Antes do Édito de Expulsão de D. Manuel no ano de 1496, a comunidade judaica do Porto era muito relevante no país, ao ponto de terem vivido na cidade o Rabi Isaac Aboab, a maior autoridade do mundo judaico da época, e o famoso astrónomo e historiador Abraham Zacuto.

O Mosteiro de S. Bento da Vitória teria ocupado o terreno das trinta casas judaicas.

O édito de 1496, que expulsa os mouros à força, obriga os judeus ao batismo ou expulsão, não é sentido tão violentamente no Porto, já que aqui a comunidade judaica opta por aceitar a conversão ao cristianismo, embora continuassem a praticar os rituais judaicos de forma secreta. Eram chamados marranos.

Os cristãos novos que viviam na Ribeira são forçados a fixar-se na Rua de S. Miguel e o Bispo do Poto, D. Baltazar Limpo (1537-1550)  teria feito pressão sobre estes cristãos novos tendo em  vista angariar fundos para a nova igreja. Daí o Memorial enviado pelos judeus do Porto ao cardeal D. Henrique a denunciar as práticas da Inquuisição, no Porto.

Por obra da Inquisição, existiram, no Porto, dois autos de Fé, no Olival, um a 11.11. 1543 e outro a 27.04.1544.

Alguns judeus, temendo a Inquisição, tornaram-se renegados, abjurando as suas convições. Com efeito, a Inquisção pôs em prática a “limpeza de sangue” até à 7ª geração para o exercício de determinados cargos, o que constituía um perigo constante.

Apesar dos constrangimentos, a comunidade judaica  portuense é uma das mais antigas do mundo e compõe-se por mais de  30 nacionalidades. São maioritariamente sefarditas, embora muitos provenham de locais como a Polónia, Alemanha, Rússia ou Lituânia.

Nos finais do  século XIX  e XX, vêm para o Porto judeus do centro e leste da Europa. Surge, então, o objetivo de juntar todos os judeus que residiam na região num espaço onde as famílias pudessem praticar a sua religião e pudesse haver um envolvimento cultural. Esse objetivo será conseguido, sob a ação do capitão Artur Barros Basto, convertido ao judaísmo em Marrocos que promove a união de algumas famílias judaicas que viviam no norte. Além disso, Artur Basto cria a revista Ha – Lappiyd (O Facho) e Revista de Estudos Judaicos, vol I, Lisboa, 1928. Criou, também,  um seminário para instrução de quem regressava, nas práticas do judaísmo dos seus antepassados (Obra de Resgate). Esta ação culminará na construção da maior sinagoga da Península Ibérica, MEKOR HAIM (Fonte da Vida), cuja primeira pedra é lançada em 30.06.1929.  As ofertas provenientes de Londres, Amsterdão, Paris e Xangai e sobretudo as da família Kadoorie permitiram a conclusão da sinagoga, em 1938, numa altura em que que os judeus estavam ameaçados pelo nazismo. 

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                           Sinagoga - piso inferior reservado aos homens e superior às mulheres


                          Ekhal, ou Arca da Aliança – onde é guardado a Tora ( rolo com a Lei judaica)


Tora


Símbolos de culto judaico entre os quais o Menorah (candelabro com sete braços, símbolo da nação de Israel.


 

                                                             Candelabro de cinco braços

                                                          Mikvê,  piscina de  purificação


Hoje, a comunidade é constituída por mais de 400 membros, maioritariamente sefardita, termo que deriva de Sefarad “Península Ibérica”,  hoje sinónimo de Espanha. No entanto, o que une os judeus nesta e noutras comunidades é o sentido de pertença a um povo, com cultura, religião e uma língua própria, quer provenham dos EUA, da China, Portugal ou Espanha.

Os descendentes de origem portuguesa conservam tradições portuguesas  e castelhanas bem como apelidos de famílias judaico-sefarditas.  Além da língua portuguesa e hebraica, os descendentes de judeus sefarditas portugueses, ainda, usam o ladino, língua usada pelos sefarditas expulsos de Espanha e de Portugal no século XV, derivada do castelhano e do português e falada, hoje, por cerca de 150 mil pessoas em todo o mundo. 

 A escolha do Porto e Portugal para morada dos judeus deve-se, talvez, às oportunidades económicas e ao sentimento de segurança e tolerância. Com efeito, existem protocolos  de amizade e cooperação entre a Comunidade Judaica do Porto, a muçulmana e a Diocese do Porto. 

A comunidade judaica do Porto promove a comunidade através  da produção de filmes como a longa-metragem “Sefarad”, estreada em novembro de 2020, que conta a história da comunidade judaica do Porto desde 1496 até hoje. Um outro  filme em vista, retratará a Inquisição com base em factos verídicos que remontam a 1618.

O museu da comunidade, com curadoria de Hugo Vaz, apresenta uma múltipla coleção de objetos e documentos relacionados com os ritos judaicos bem como da história da comunidade judaica no Porto.  

Para recordar a presença dos judeus na cidade do Porto, foi colocada, com a ajuda de judeus franceses uma lápide, pedra de granito preto, nas paredes do convento de Santa Maria da Vitória com as iniciais em hebraico ChMÔR  (=Guarda) e ZHÔR (0Recorda) com o MENORÂH (candelabro de sete braços) no meio.

 

Lápide lembrando a expulsão dos judeus do Morro do Olival em 1496, colocada junto ao Mosteiro de São Bento da Vitória.



Fontes:

Webgrafia:

https://www.comunidadeculturaearte.com/primeiro-museu-do-holocausto-na-peninsula-iberica-e-inaugurado-no-porto/

https://www.jpn.up.pt/2020/06/08/comunidade-israelita-do-porto-a-estrela-de-david-brilha-na-invicta-desde-o-seculo-xiv/

https://www.redejudiariasportugal.com/index.php/pt/cidades/porto

http://br.visitportoandnorth.travel/Porto-e-Norte/Visitar/Artigos/Heranca-Judaica-no-Porto-e-Douro

http://www.comunidade-israelita-porto.org

https://www.comunidadeculturaearte.com/primeiro-museu-do-holocausto-na-peninsula-iberica-e-inaugurado-no-porto/

https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/19677/2/gcdiaspresencajudeus1000082238.pdf

Dias, Gerardo,  Presença dos judeus no Porto, da Idade Média à Idade Moderna, consultada em: 

 https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/19677/2/gcdiaspresencajudeus1000082238.pdf


Bibliografia:

Presença judaica em Portugal – As Sinagogas do Porto, Cadernos Pedagógicos nº 24, APH, 1999


sábado, 2 de janeiro de 2021

Reflexão

 


                                                         https://shahrazadart.wordpress.com/


“ ... na demanda se contém não só a viagem, mas o sonho, o sentir, o pensamento, a ação”

Maria de Lourdes Pintassilgo

 

O docente equipara-se ao cientista do depois de amanhã “ que trará consigo dentro dele, não só “um espaço real como o espaço que há onde as cousas da matéria estão” – espaço de verdadeira criação de conhecimento refletido e atualizado, de sabedoria – mas também “uma nova dimensão so outro”. Mas para que essa dimensão não seja “uma coisificação do outro”, nunca a ele chegamos senão descobrindo o(s) outro(s) de nós, “outrando-nos pela imaginação sensível a nós mesmos”.

Nesta linha de ideias, educar é investigar, porque nunca se conhece o ponto de partida nem de chegada, previamente. Educar implica uma caminhada de um sujeito ao encontro do outro a fim de o consciencializar do seu projeto de vida, lhe despertar fascínio e a vontade de saber, de saber fazer e de saber tornar-se. 

Na atual escola de massas, esta caminhada é tarefa deveras complicada. Como percorrer, uma só pessoa, duzentas caminhadas diferentes?

No entanto, pondo de lado utopias, os professores têm dados mostras de que estão dispostos a caminhar, embora coxos, de muletas ou sem calçado apropriado. Apesar de todos os defeitos e encruzilhadas do ensino atual, muito avanço se deve a esta aprendizagem. Face a uma sociedade que pede que a escola forme para o exercício de uma profissão há que problematizar, refletir, equacionar hipóteses e tomar opções individuais e de forma colaborativa.

Numa escola de massas que integra no seu seio uma população heterogénea, é fundamental o professor exercer um papel ativo na deteção diagnóstica de situações problema bem como no equacionar de medidas de intervenção tendentes a prevenir ou remediar essas mesmas situações.

No entanto, é evidente que a eficácia dos professores está dependente da intervenção de outros agentes, nomeadamente da escola, da família e da sociedade.

Todavia, parece-nos fundamental o conhecimento crítico, a reflexão conjunta, a partilha de experiência , a busca coletiva de soluções de forma a alargar as perspetivas de intervenção.

Adestrar os professores para empreenderem projetos de pesquisa coletiva que partam da experiência profissional da cada um e questionem o conhecimento científico à luz dos contextos prático-institucionais da profissão docente parece-me o sentido premente de qualquer formação, no momento presente.