terça-feira, 8 de dezembro de 2020

8 de dezembro

 

D. João IV tomou por padroeira de Portugal a Virgem Nossa Senhora da Conceição, nas cortes de Lisboa de 1646. Em tempos em que palavra do rei é cumprida pelos súblitos, ordenou que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, “jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus”. 

A lembrar este dia, o mesmo D. João IV mandou cunhar medalhas de ouro e de prata, que foram aprovadas, por lei, como moedas correntes. “JOANNES IIII, D. G. PORTUGALIAE ET ALGARBIAE REX – Cruz da ordem de Cristo, e no centro as armas portuguesas. Reverso: TUTELARIS RE¬GNI – Imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre o globo e a meia lua, com a data de 1648, e; nos lados o sol, o espelho, o horto, a casa de ouro, a fonte selada e arca do santuário.”

No entanto esta devoção já era antiga em Portugal. D. João I mandou colocar nas portas de Lisboal inscrições a louvar a Virgem, e, em 1386, erigir o convento da Batalha, para agradecer  a vitória conseguida em Aljubarrota, por isso o edifício se chamou, Mosteiro de Santa Maria da Vitória.  Também, D. Nuno Álvares Pereira, em 1386, mandou construir o Convento do Carmo, em honra de Santa Maria.

http://www.arqnet.pt/dicionario/nsconcpad.html

http://numistoria.blogspot.com/2016/12/nossa-senhora-da-conceicao-moeda.html

 

Numistoria

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Eutanásia

 

Venceu a Eutanásia!!!!! ????

Os projetos baixarão às comissões, espero que as suas redações sejam bem esmiuçadas. Tenho bem presente a minha tia Rosalina, décadas deitada na cama sem conseguir mexer-se e pedindo sistematicamente a Deus que lhe trouxesse a morte.

Mas, quem de nós conseguiria matar? Hoje há uma panóplia de medicamentos e terapias que tiram o sofrimento e criam a ilusão de conforto.

Não sou capaz de tomar decisão por ninguém, de condenar ninguém.

No entanto, não seria melhor, lutarmos pela construção de cuidados paliativos capazes?

O Jornal de Notícias refere que “entre 69 a 82 por cento dos doentes que morrem no nosso país necessitam de cuidados paliativos, mas mais de 80 por cento não os têm porque as respostas são insuficientes”. E ainda: “Os maiores hospitais do país, Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa incluído, não têm unidades de internamento. Oito dos 18 distritos não têm qualquer equipa domiciliária. E mais de 70 mil doentes continuam sem acesso a esses cuidados. Faltam recursos humanos e materiais. Faltam horas nos hospitais destinadas a estes cuidados. Faltam equipas em várias zonas do país. E falta formação orientada para um sector tão específico.”

A felicidade é, afinal, tão equívoca, tão subjetiva!

Lembro o belíssimo filme “Como Eu Era Antes de Você" ou “Intocáveis“ baseado no livro de “Walking Papers”, uma autobiografia do autor tetraplégico Francesco Clark que dirá: ““Sou um perfeito exemplo de que a vida não só continua como se torna melhor a cada dia”

Outros casos existirão diferentes!....

Mas por estas e outras coisas, não sinto nenhum sabor de vitória!

https://www.youtube.com/watch?v=FpwuGtn8aGA

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

A FORMIGA


 

"Há uma crise geral das ciências do homem: todas elas se encontram esmagadas pelos próprios progressos, mesmo que isso seja devido apenas à acumulação de novos conhecimentos e à necessidade de um trabalho colectivo, cuja organização inteligente ainda está por estabelecer"         
                                                                                                Fernand Braudel


Como considera Maria do Céu Roldão “o aluno que não gosta (de História) perde, por isso, não só a oportunidade de aprender bem e agradavelmente, mas perde mais do que isso, (…) perde uma das possibilidades mais ricas e gratificantes de se entender como pessoa, de compreender a sociedade que é a sua no contexto multifacetado do mundo do seu tempo; de se posicionar com uma atitude crítica, curiosa e interessada face ao devir em que participa; perde alguma coisa essencial, não só à sua formação pessoal, mas também ao prazer de viver compreendendo”.


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

A Voz do professor –como sobreviver à pandemia

 

A Voz do professor –como sobreviver à pandemia

Preparar a Voz

As medidas Obrigatórias:

- equipamento de proteção

- intervalos mais curtos

- distanciamento social

Levam a a uma sobrecarga física e mental

A máscar será um entrave para o professor conseguir comunicar com os alunos e os alunos com o professor?

Para manter a voz saudável é preciso P-A-L-R-A-R

Antes de mais é necessário preparar a voz, pelo que será necessário:

Beber água 30 a 40 minutos antes da aula

Mesmo no carro pode-se fazer exercícios de voz para acordar alguns músculos e aquecer a voz.










Espreguiçar

Bocejar com a boca fechada, com a boca aberta, com som

Relaxar a voz.

Massajar o póprio pescoço e os músculos à volta da coluna



                                     Massajar os músculos ao lado do pescoço


Massajar a parte de trás do ombro


                                                        Soprar uma vela de forma suave

 

Soprar com mais força

Deixar o ar entrar de forma natural

Soprar com mais força para apagar a vela. Logo a seguir relaxar os abdominais.

Fazer Chch – baixo, ir para um volume médio e depois mais forte. O tronco contrai-se mais rápido.

CH mais forte forte – lábios para a frente.

Omm com a cabeça para cima limpa secreções o que é importante para quem tem rinites

Fazer movimentos em pinça com os dedos.

Mastigar com a boca fechada e mastigar com a boca aberta







- Variar o tom


- Dividir em sílabas


-Aumentar ou dimininuir o volume

 

- Fazer pausas estratégicas







-Falar de forma mais lenta  e depois mais rápida.



- Ampliar mensagem gestual


- Antecipar





Mais de 50% dos professores desenvolve um problema de voz durante a carreira.

Mulheres com mais risco (40-55 anos)


Vale a pena treinar.



 

https://www.youtube.com/watch?v=kZZSgTZNSPg&feature=youtu.be


 

O poder secreto da voz, Inês Moura, Porto Editora











quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Como ensinar usando uma máscara

 

Como ensinar usando uma máscara

                                                                    por Justin Whitaker, agosto, 2020

 

Os professores devem estar conscientes da sua voz. instrutores que ensinam usando uma máscara devem estar cientes de sua voz .

Pode ser difícil falar através de uma máscara por longos períodos de tempo, já que esta pode abafar as palavras do emissor e impedir que o recetor veja as expressões faciais.

Eis, então, as dicas de três especialistas:  

 


Estar ciente da sua voz e da sua linguagem corporal.

Como uma máscara pode abafar o som e tornar difícil para o ouvinte ler as expressões faciais, os professores devem aumentar o volume da voz e falar o mais devagar possível para permitir um maior entendimento do discurso.   

O tom também é muito importante para ajudar a transmitir uma mensagem.

Lipschultz dá especial atenção à respiração, defendendo que os professores precisam de se controlar e respirar de forma correta de forma a falar com clareza. "Aquecer a voz e treinar a respiração antes da aula", é importante, refere.

Uma linguagem corporal expressiva ajuda a uma melhoria de comunicação com os alunos.

"Tudo o puder fazer para convencer os seus alunos de que está presente e pronto para os ajudar a aprender, relacionando-se com eles, pode ajudar muito", refre Anusha S. Rao, diretora assistente do Centro de Ensino e Aprendizagem da IUPUI .

 

 Acrescenta, ainda que os professores devem fazer pausas para se certificarem de que os alunos estão a conseguir ouvi-lo corretamente, ou se devem repetir alguma coisa.

Nas aulas não presenciais, o feedback frequente é muito importante, assim a criação de conexões com os alunos

Devido aos ambientes de aprendizagem em que nos encontramos, promover um diálogo aberto com os alunos proporcionará uma melhor compreensão da sua assimilação e ajudará os professores a refinar os seus próprios métodos de ensino.

Os professores devem aproveitar as oportunidades para se interrelacionarem com os seus alunos. Rao sugeriu gravar um vídeo de introdução pessoal para se dar a conhecer a próprio e levar os alunos a sentirem-se confortáveis ​​antes de começar a aula.

Dependendo do formato da aula, uma forma de interação com os alunos poderia incluir a sugestão aos alunos para que  também fizessem um vídeo de introdução.

Com tanta diversidade de alunos, Randy Newbrough, gerente de consultoria em tecnologia para o ensino e aprendizagem, recomenda definir expectativas claras e definir ferramentas de comunicação desde o início para que todos estejam no mesmo pé.

Alguns professores passaram a ter "horas de estudante" em vez de horas de expediente para promover uma atmosfera mais acolhedora.

“Crie momentos e oportunidades para que os alunos se sintam à vontade para pedir ajuda”, disse Rao.


A flexibilidade deve ser uma regra, neste novo ambiente de aprendizagem para alunos, funcionários e professores.  Os especialistas concordam que é importante mostrar paciência para com os outros e dar graças a si mesmo. "Não fique frustrado com o que costumava vir como uma segunda natureza", disse Lipschultz. "A comunicação é importante nesta época, talvez mais do que nunca." Uma pesquisa de classe, depois de algumas semanas ou no meio do semestre, pode ajudar os professores a redefinir os seus métodos, se necessário, e compreender melhor a adaptação dos alunos ao novo ambiente de aprendizagem.

Os professores confessaram não querer mostrar-se com falta de preparação ou incomodados, na frente de seus alunos. Desde março, todos os centros de ensino e aprendizagem da IU realizaram mais de 2.000 sessões de consulta individual com professores que se estão preparando incansavelmente para este semestre. "Todos são muito dedicados e têm trabalhado muito para tornar esta experiência o melhor possível para os alunos", disse Newbrough, que também é diretor assistente do Centro de Ensino e Aprendizagem da IUPUI. Arquivado em: Campus LifeCollege of Arts and SciencesCoronavirusFaculdade e equipeSaúde e bem-estarInside IU BloomingtonInside IUPUI

 

https://news.iu.edu/stories/2020/08/iupui/inside/17-tips-for-instructors-professors-teaching-with-masks.html

 


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

O que é amar um país. Reflexão sobre a utopia

JOSÉ TOLENTINO DE MENDONÇA,  O QUE É AMAR UM PAÍS -  O PODER DA ESPERANÇA, Quetzal Editores, 2020.



DAR MENOS UM PASSO



Depois de ter lido “O que é amar um pais de José Tolentino de Mendonça, algumas questões persistiram na minha mente, face às certeza, às vezes, de incentivo à calma, securizantes, ou  estagnadoras, propaladas pelos meios de comunicação social ou pelas nossas comunidades de amigos.

No entanto, o atual tempo e aqui teremos que pensar como entendemos este conceito, no sentido grego de Cronos que devora os próprios filhos, logo que nos retira violentamente ao passado e nos projeta, da mesma forma, para o futuro, ou no sentido de  Kairós, o tempo oportuno. Será que nos é proporcionado descobrir o “instante iminente, lugar da própria revelação”(Mendonça, 2020,110)? Saberemos descobrir, na agressividade, isolamento e indolência de alguns, o medo do desconhecido e ultrapassar essa perceção indo ao encontro do outro, reencontrando-nos, também, bichos do mundo tão pequenos?

Escolheremos seguir em frente na veloz tecnologia que não olha a estragos ou  afirmar-nos-emos pela capacidade de repensar corajosamente instrumentos e consequências?

Desta forma várias perguntas  podem ser refletidas.

Será que o presente pandémico será acelerador de assimetrias ou implementará a proximidade coletiva?

Quando tudo se “normalizar”, veremos o outro como rival ou abraçá-lo-emos como aliado indispensável?

O mundo poderá viver uma nova etapa de globalização consciente dos riscos do abuso ambiental, da precarização do trabalho e da exclusão, e tornar-se mais justo?

A terra poderá deixar de ser um objeto que satisfaz todos os nossos interesses desenfreados e emergir a ideia que terá que haver cuidados capazes de regular o equilíbrio entre todos os seres vivos?

Será que entenderemos, como já referiu o Papa Francisco, na Encíclica Laudato Si que “o grito da terra e o grito dos pobres” está interligado e faz parte da mesma ambição desmedida de uns poucos que dominam todo o planeta em seu próprio proveito?

Repensaremos  o conceito que nos remetia para a “app de food delivery” (Mendonça. 2020.p.84) e reencontraremos o sabor das refeições lentas e cozinhadas em comunidade caseira?

A União Europeia conseguirá repensar-se e reerguer os seus ideais?

A nossa convivência e organização do espaço habitado poderá ser fundada numa humanização das relações?

Saberemos cuidar dos traumas gerados pelo trabalho e risco excessivo de alguns profissionais?

Haverá uma visão mais harmoniosa da vida material e espiritual, entre pessoas e comunidade?

Será que o “Tudo vai ficar bem”, inclui a ideia de uma sociedade igual à anterior? 

O devir histórico está em constante mutação e os traumas e revoluções provocam solavancos para a frente. Resta-nos saber em que sentido. A globalização da economia e da comunicação, assegurando um consumo ilimitado,  foi conseguida à custa da destruição de eco-sistemas, como se nenhum recurso fosse inesgotável. A crise pandémica  coloca-nos o noção dos limites e o que começou por ser um assunto sanitário catapulta-nos para uma “encruzilhada civilizacional” (Mendonça, 2020. p. 97)

Para avançarmos no nosso caminho, temos que reaprender a harmonizar transformação e preservação, numa comunidade que  redescobre o seu património relacional. Como diz, o papa Francisco  “o tempo é superior ao espaço”, ou seja, o mundo tem a forma que nós lhe dermos. Assim, “as formas do espaço são relativas e o tempo é fluído, móvel; enquanto o tempo tende a cristalizar,  muitas vezes até a bloquear” (Mendonça. 2020.p.115).  Um tempo de calamidade e paragem é, também, “uma grande oportunidade para redescobrir que a vida não começa e acaba aqui” (Mendonça. 2020. p. 115). Esta constatação torna imperioso que liguemos passado, presente e futuro  e que esperemos poder construir este último com uma energia renovada.

Se, segundo Freud, a nossa experiência traumática nos angustia, em todos os tempos, houve movimentos e pessoas que resistiram  ao trauma. Segundo os psiquiatras, para curar o trauma, será necessário pensar que nada volta ao mesmo, encontrando-se uma nova vivência. Esta poderá ser alicerçada, segundo Tolentino de Mendonça, no amor que vive adormecido. “Esta é uma hora para avivarmos em nós a experiência de sermos amados” (Mendonça. 2020. p. 119). De seguida, há que pronunciar as palavras nunca ditas e de contar a nossa história, exercendo a criatividade em todos os sentidos, na escrita, na música, nas artes plásticas, eu diria mesmo, na economia e sociedade. Por fim, acordemos em nós uma imagem de beleza, como a dos "lírios do campo" de que falava Etty Hillesum, quando encarcerada num campo de concentração. E, beleza das belezas, é tempo de pensarmos em nós próprios, nos tornarmos a própria beleza, ao cuidarmos do mundo, ao cuidarmos do outro.

Assim possa ser!


segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Aborto e eutanásia

 

Há poucas coisas que me fazem dar resposta através da rede. Normalmente, conto até 1000 e a vontade passa. No entanto há uma coisa que me provoca inquietação: a intolerância ou a falta de respeito pela liberdade do outro.

Nestas redes, muitas opiniões são emitidas e quanto a mim, com algum sentido, quer digam uma coisa ou o seu contrário. Estou a falar mais concretamente do aborto e da eutanásia. Dois assuntos que remetem para o direito à vida e à felicidade e já agora, à liberdade de consciência de cada um. Já não há Inquisição para bem de todos! No entanto, quando se diz que ao referendar estes assuntos, as pessoas não vão entender todos ao meandros e então vão votar mal, já me parece pouco democrático, bem como partir do princípio que toda a sociedade está a favor da eutanásia. Não senhor, é uma questão fraturante e então! O 25 de abril se permitiu alguma coisa, foi isso, que cada um tivéssemos a nossa opinião fundamentada. Há ainda quem se deixe manipular por esta ou aquela instituição. Concerteza. Para votar neste ou naquele partido também.

Às vezes penso que os ideais do 25 de abril estão tão incompletos, tão incompletos … permitam, ao menos que possamos expressar-nos à vontade.

domingo, 19 de janeiro de 2020

A disciplina de História predispõe-se para a utilização de recursos digitais, em particular dispositivos móveis?

 

A disciplina de História predispõe-se para a utilização de dispositivos móveis?

A disciplina de História, sobretudo a História da Arte, mas não só, dispõe de variados recursos disponíveis através de dispositivos digitais ou do computador. É possível sem sair da sala de aula ou de casa viajar por variados museus mundiais, ver a obra de arte ou patrimonial em dimensões reais, por vezes 3D, enfim, aprender arte ou outros assuntos como se estivéssemos no próprio local.

Outras aplicações permitem fazer caminhadas interessantes, estilo caça ao tesouro que acho muito enriquecedoras. Dou como exemplo a aplicação geocaching que existe para várias localidades. Na escola onde estou relevo a geocaching Gondomar e a Geocaching Porto. A rota Porto liberal traça uma trilha urbana bastante interessante que permite fazer o percurso do liberalismo no Porto, quer se trate da implantação do liberalismo, com a revolução de 24 de agosto de 1920 quer se trata das lutas liberais e cerco do Porto, culminando na Igreja da Lapa, onde pode ser visto o local onde está guardado o coração de D. Pedro IV.

A rota do românico é extremamente interessante não só em visitas de estudo mas em trabalho de casa, por exemplo, em ensino à distância. Este ano, os professores do 7º ano da minha escola, operacionámo-la, cada um à sua maneira.

Eu lancei o seguinte desafio:

Vai a rota do românico: http//www.rotadoromanico.com.pt

Podes descarregar a APP para o teu telemóvel.

Lê a síntese das características que acabaste de estudar. Faz uma pequena síntese.

Vai a Estaleiro e observa os elementos românicos de um edifício.

A partir do que falamos na aula síncrona e depois de observares bem o Estaleiro, completa a ficha que anexo ( anexei à tarefa uma ficha de trabalho com as características do românico).

Procura Serviço Educativo e depois Maquetes. Escolhe uma das 58 ao dispor. Se tiveres impressora imprime. Caso não tenhas, decalca do computador para o papel, ou tenta fazer uma das mais simples (uma ponte, por exemplo) servindo-te da tua habilidade.

Descreve as características do monumento escolhido. Bom trabalho!

Os alunos deram uma resposta muito boa e fizeram as maquetes. Quem não tem impressora optou por fazer uma ponte, já que é mais fácil de executar.

 

A minha inscrição na oficina de formação “Aprendizagem ativa com recurso às TiC“  foi motivada pela minha convicção de que precisaria de aprender novos métodos de atuação em sala de aula, mais motivadores para os alunos e facilitadores para mim, numa altura em que a disciplina que leciono exigirá que tenha que lidar com um número crescente de turmas.  A participação revelou-se muito gratificante porque serviu de real incentivo a utilizar em sala de aula, e fora dela, ferramentas normalmente afastadas desse local, mas que fazem com que os alunos se sintam mais motivados a aprender, já que podem fazê-lo com os meios que normalmente usam para comunicar, informar e divertir, desde que bem supervisionados. Permitiu, também, refletir sobre métodos como a sala de aula invertida, extremamente interessante embora de difícil ou mesmo impossível aplicação no meio em que leciono, ou apenas pontualmente, já que poucos alunos mostram disponibilidade para trabalhar em casa e depois tirar dúvidas ou aprofundar em sala de aula. De qualquer forma, esta metodologia, tal como a que se baseia no trabalho por problemas ou projetos parece-me muito mais informadora de competências e capacidades necessárias à vida real do que a simples aprendizagem mais ou menos passiva e avaliada através de testes. A própria oficina foi organizada segundo estes princípios, já que pudemos dispor na plataforma moodle de bons emaze tutoriais que nos levaram a aprender em casa e a tirar as dúvidas nas sessões práticas. Desta maneira, nesta ação, encontrei o clima ideal para tomar contacto e aprender a lidar com software necessário à viabilização de aulas, que poderei operacionalizar, embora sem grandes voos de inovação, baseando-se, quase só, no método expositivo moderno, se poderão tornar mais capazes de obter feedback das aprendizagens, em pouco tempo, e operacionalizar paragens na exposição dialogada, proporcionando aumento de concentração, superação das dúvidas e a colmatação das aprendizagens não interiorizadas. A panóplia de novas possibilidades apresentada será, certamente, uma via a executar, de forma paulatina, no futuro, de forma a concretizar aulas mais participantes por parte dos alunos singulares, em pequeno ou grande grupo de forma a centrar as aprendizagens nos seus interesses.

Esta ação terá certamente um enorme impacto na minha prática docente, já que tendo experimentado o Kahoot, não em situação de aula mas de comemoração e consolidação de conhecimentos, experienciei uma maior concentração de uma turma que é extremamente difícil de se focar nas matérias letivas. A “caça à mensagem dos espiões” com Qr Code operacionalizada obteve, também, um resultado entusiasmante. Esta realidade, passada na Biblioteca da nossa escola, foi sentida pelo próprio diretor de turma deste grupo e pela professora que dá apoio dentro de sala de aula a um aluno autista que estavam espantados com o clima de entrega à tarefa gerado. Nas outras turmas, a responsabilidade evidenciada na elaboração de perguntas para o Kahoot, a execução do filme, a partir de endereços disponibilizados pela professora, funcionou como uma verdadeira sala de aula invertida, já que os alunos, depois de executado o Kahoot e sabidos os resultados, puderam tirar as dúvidas que ainda subsistiam e, desta forma, conseguir uma aprendizagem mais consolidada. O uso do plickers, numa das turmas, permitiu, também, fazer uma revisão rápida da Revolução Soviética e dar resposta às aprendizagens mais difíceis de consolidar. O uso do quizizz e incursão no emaze, que acabou por não ser usado em situação de comunicação, já que atendendo ao público alvo, preferi maior simplicidade e focagem no tema, abriram novos caminhos a explorar no futuro. Outras práticas foram muito pertinentes como o uso do  ZipGrade, mais tarde subsistituído pelo GradeCam, devido à descontinuidade de fornecimento do sftware para a Europa,  por permitirem obter o rápido feedback da aprendizagem de cada aluno, facilitando o auxílio imediato a quem não esteja a interiorizá-la. Estas ferramentas digitais utilizadas em sala de aula facilitam a dinamização de aprendizagens em que os alunos se organizem em trabalho cooperativo, negociando entre eles as decisões e apresentações aos outros grupos, planeando, também, a avaliação das aprendizagens obtidas. Pelo lado dos professores, as tecnologias digitais facilitarão o trabalho interdisciplinar de projetos. A partilha de materiais produzidos permitirá a facilitação do trabalho individual e a melhor concretização de um verdadeiro trabalho mais fraterno, que tenho a sorte de ser e poder continuar a ser praticado na minha escola.

Esta oficina decorreu de forma muito prática, como já disse atrás, como uma verdadeira aula invertida. Teve a virtude de nos pôr a experimentar a teoria na prática do computador e assim nos entusiasmar para implementar novo tipo de aulas. É evidente que a internet tinha falhas e os computadores/ projetor nem sempre funcionaram como deviam, prática que existe, também, nas nossas escolas, mas desta forma, pudemos consciencializar-nos para a necessidade de termos sempre um plano B, caso a tecnologia falhe. 

Ferramentas digitais

 

Os processos de aprendizagem com ferramentas digitais são uma

base imperiosa no mundo de hoje, mesmo considerando que a aprendizagem tem que

ser “sofrida”, esta tem que partir, na atualidade, de instrumentos digitais, quer na fase de

pesquisa, de tratamento da informação, da crítica e da síntese. A nível da avaliação,

sobretudo formativa e diagnóstica, o recurso a ferramenta digitais, particularmente as

móveis tormam-se não só aliciantes, mas também simples de utilizar, obter feedback e

melhorar a aprendigem, pelo que são fundamentais.

Em época de Covid 19 e de aulas não presenciais,  os dispositivos móveis

podem funcionar como um fator integrador, já que a quase totalidade dos alunos possui telemóvel, o que já não acontece com o computador.

No meu caso pessoal, posso dizer que sempre gostei de computadores, desde o desafio que me foi feito para coordenar o projeto Minerva, nos longínquos 1989, mas o telemóvel suscitava-me alguma repulsa, pelo seu pequeno teclado e outras razões, que, talvez a nível

inconsciente, tivessem a ver com a dependência existente, sobretudo, entre os mais

jovens, mas não só. Quando me ofereceram um smartphone, aparelho mais semelhante

ao computador ao qual estava habituada e com possibilidades de fazer boa fotografia,

tudo mudou. Depois disto, foi só necessário explorar a lista de Apps muito no âmbito da História, mas também de outras aplicações relacionadas com hobbies, como a jardinagem e a fotografia.

Descobri, afinal, um mundo de imensas possibilidades.

Esta disponibilidade espoletada por ações de formação neste campo,  teve um enorme impacto na minha prática docente: em época de pandemia as aulas on line tornaram necessario o uso de instrumentos simples capazes de motivar os alunos. Desta forma, utilizei além de várias aplicações acessíveis aos alunos por telemóvel, a orientação para sites capazes de possibilitar  uma aprendizagem mais autónoma, embora sempre guiada, tendo em linha de conta o nível etário e psicológico dos alunos, bem como os instrumentos disponíveis na plataforma Teams, como o Google forms.

A título de exemplo experienciei, neste período: a Geocaching, no âmbito de Cidadania, na minha Classroom de 7º ano; a exploração da Rota do Românico,que se revelou atrativa explorada de forma síncrona e assíncrona, já que foi lançado o seguinte desafio: Vai a rota do românico: http//www.rotadoromanico.com.pt 

Podes descarregar a APP para o teu telemóvel.Lê a síntese das características que acabaste de estudar. Faz uma pequena síntese com s tuas palavras. Vai a Estaleiro e observa os elementos românicos de um edifício. A partir do que falamos na aula síncrona e depois de observares bem o Estaleiro, completa a ficha que anexo ( anexei à tarefa uma ficha de trabalho com as características do românico). Procura Serviço Educativo e depois Maquetes. Escolhe uma das 62 ao dispor. Se tiveres impressora

imprime. Caso não tenhas, decalca do computador para o papel, ou tenta fazer uma das mais simples (uma ponte, por exemplo) servindo-te da tua habilidade.

Descreve as características do monumento escolhido. Bom trabalho!

Os alunos deram uma boa resposta e fizeram as maquetas pedidas, com entusiasmo.

O resultado do trabalho foi exposto no final do ano, publicado por mim, na página do facebook da escola, num padlet.

O uso do quizizz, integrado na moda da gamificação, usado como variante mais divertida do questionário, permitiu que os meus alunos do 7º e 9º ano, melhorassem as suas aprendizagens, já que foi aconselhado que os alunos repetissem o quizizz, depois de estudar as questões que não dominavam.

Depois de ter planeado atividades com recurso ao QrCode, Plickers e Kahoot  verifiquei o entusiasmo dos alunos mas ficou-me sempre a dúvida: ficam-se pela brincadeira ou as aprendizagens são ancoradas? Alguma coisa ficará, que, no tempo certo germinará, creio.

A partilha de materiais produzidos permitiu a facilitação do trabalho individual e a melhor concretização de um verdadeiro trabalho de equipa, de formação, produção e crítica de atividades com recurso ao digital.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Maria de Lourdes Pintassilgo







Maria de Lourdes Pintasilgo nasceu a 18 de janeiro de 1930. Licenciada em engenharia químico-industrial, foi presidente da Juventude Universitária Católica Feminina (JUCF). Foi investigadora na Junta de Energia Nuclear, em 1954 tornou-se a primeira mulher com o cargo de chefe de serviço no Departamento de Investigação e Desenvolvimento da CUF.  
Integrada no movimento católico “progressista” foi uma voz crítica contra as políticas do Estado Novo.
Depois do 25 de Abril, ocupou cargos governamentais e liderou organizações internacionais. Veio a ser a primeira mulher que em Portugal ascendeu ao cargo de ministra, tendo criado a Comissão da Condição Feminina. Em 1979  foi nomeada primeira ministra do V Governo Constitucional – um “governo de cem dias”, como a própria o designou, destinado a preparar eleições legislativas.
Em 1986 candidatou-se a Presidente da República. Na campanha percorreu todo o país, suscitando grande entusiasmo e uma adesão massiva, que, surpreendentemente, não viria a traduzir-se nos votos.
Sempre defendeu os movimentos de mulheres que lutassem pela emancipação, não só das mulheres, mas que “gerassem” uma sociedade na qual as mulheres tivessem poder para tornar o mundo num local melhor para todos: “(…) a presença das mulheres no poder deve traduzir-se numa melhoria das condições de vida dos seres humanos” defenderá.

Pessoalmente, lembro com saudade as sessões de trabalho no Liceu Camões, nas quais estava em cima da mesa a reflexão sobre a responsabilidade pelo outro, pelo que nos rodeia, por nós próprios, de forma a preencher o vazio moral e a perda de valores que a supremacia tecnológica tem feito recair sobre a humanidade em geral ou o entusiasmo com que acreditei que estava a trabalhar para que fosse eleita Presidente da República.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Cantiga de Reis








Cantiga de Reis  cantada em S. Cosme de Gondomar, na primeira metade do século XX,  

recolhida junto da Ti Olívia Rasteira, em 1979, com 90 anos, na altura.



Esta cantiga era cantada na noite de Reis por rapazes e raparigas. Era acompanhada à viola, violino "bangelim" ( bandolim).


Os três reis do Oriente
toda a noite caminharam
à procura do Menino
só em Belém o acharam.

Pastores, pastores
vamos a Belém
procurar o Deus Menino
que a Nossa Senhora tem.

Os três reis do Oriente
toda a noite caminharam
à procura do menino
só em Belém o acharam.

Glória seja dada ao Padre
ao Filho de Deus também
Glória seja dada aos Reis
para sempre Glória, Amém.

Os três reis do oriente
já chegaram a Belém
pr´adorar o Deus Menino
que a Nossa Senhora tem.


Os três reis do oriente
partiram para Belém
adorar o Deus Menino
e a Virgem sua mãe.

Foram a casa de Herodes
por ser o maior reinado
que lhe ensinasse o caminho
onde o menino era nado.

Herodes como traidor
como profeta malino
às avessas lhes ensinou
aos santos reis o caminho.

O Senhor dos altos céus
viu um grande desatino
mandou logo uma estrela
que lhes ensinasse o caminho.

Aquela estrela divina
foi-se pôr numa cabana
onde estava o S. José
e a Virgem soberana.

A cabana era pequena
não cabiam todos três
resolveram adorar
cada um por sua vez.

Os reis lhes ofereceram
ouro, mirra e incenso
não lhe ofereceram mais nada
porque Deus era imenso.

Glória seja dada a Deus
louvai ao Senhor, louvai
em louvor dos santos Reis
a consoada nos dai.