Os processos de aprendizagem com ferramentas digitais são
uma
base imperiosa no mundo de hoje, mesmo considerando que a
aprendizagem tem que
ser “sofrida”, esta tem que partir, na atualidade, de
instrumentos digitais, quer na fase de
pesquisa, de tratamento da informação, da crítica e da
síntese. A nível da avaliação,
sobretudo formativa e diagnóstica, o recurso a ferramenta
digitais, particularmente as
móveis tormam-se não só aliciantes, mas também simples de
utilizar, obter feedback e
melhorar a aprendigem, pelo que são fundamentais.
Em época de Covid 19 e de aulas não presenciais, os dispositivos móveis
podem funcionar como um fator integrador, já que a quase
totalidade dos alunos possui telemóvel, o que já não acontece com o computador.
No meu caso pessoal, posso dizer que sempre gostei de
computadores, desde o desafio que me foi feito para coordenar o projeto
Minerva, nos longínquos 1989, mas o telemóvel suscitava-me alguma repulsa, pelo
seu pequeno teclado e outras razões, que, talvez a nível
inconsciente, tivessem a ver com a dependência existente,
sobretudo, entre os mais
jovens, mas não só. Quando me ofereceram um smartphone,
aparelho mais semelhante
ao computador ao qual estava habituada e com possibilidades
de fazer boa fotografia,
tudo mudou. Depois disto, foi só necessário explorar a lista
de Apps muito no âmbito da História, mas também de outras aplicações relacionadas
com hobbies, como a jardinagem e a fotografia.
Descobri, afinal, um mundo de imensas possibilidades.
Esta disponibilidade espoletada por ações de formação neste campo, teve um enorme impacto na minha prática docente: em época de pandemia as aulas on line tornaram necessario o uso de instrumentos simples capazes de motivar os alunos. Desta forma, utilizei além de várias aplicações acessíveis aos alunos por telemóvel, a orientação para sites capazes de possibilitar uma aprendizagem mais autónoma, embora sempre guiada, tendo em linha de conta o nível etário e psicológico dos alunos, bem como os instrumentos disponíveis na plataforma Teams, como o Google forms.
A título de exemplo experienciei, neste período: a Geocaching, no âmbito de Cidadania, na minha Classroom de 7º ano; a exploração da Rota do Românico,que se revelou atrativa explorada de forma síncrona e assíncrona, já que foi lançado o seguinte desafio: Vai a rota do românico: http//www.rotadoromanico.com.pt
Podes descarregar a APP para o teu telemóvel.Lê a síntese das características que acabaste de estudar. Faz uma pequena síntese com s tuas palavras. Vai a Estaleiro e observa os elementos românicos de um edifício. A partir do que falamos na aula síncrona e depois de observares bem o Estaleiro, completa a ficha que anexo ( anexei à tarefa uma ficha de trabalho com as características do românico). Procura Serviço Educativo e depois Maquetes. Escolhe uma das 62 ao dispor. Se tiveres impressora
imprime. Caso não tenhas, decalca do computador para o papel, ou tenta fazer uma das mais simples (uma ponte, por exemplo) servindo-te da tua habilidade.
Descreve as características do monumento escolhido. Bom
trabalho!
Os alunos deram uma boa resposta e fizeram as maquetas
pedidas, com entusiasmo.
O resultado do trabalho foi exposto no final do ano, publicado por mim, na página do facebook da escola, num padlet.
O uso do quizizz, integrado na moda da gamificação, usado como variante mais divertida do questionário, permitiu que os meus alunos do 7º e 9º ano, melhorassem as suas aprendizagens, já que foi aconselhado que os alunos repetissem o quizizz, depois de estudar as questões que não dominavam.
Depois de ter planeado atividades com recurso ao QrCode,
Plickers e Kahoot verifiquei o
entusiasmo dos alunos mas ficou-me sempre a dúvida: ficam-se pela brincadeira
ou as aprendizagens são ancoradas? Alguma coisa ficará, que, no tempo certo germinará,
creio.
A partilha de materiais produzidos permitiu a facilitação do
trabalho individual e a melhor concretização de um verdadeiro trabalho de
equipa, de formação, produção e crítica de atividades com recurso ao digital.