A História, no dizer de Vitorino Magalhães Godinho, como forma de bem pôr os problemas do presente, pelo estudo do passado, fazendo a ponte para o futuro, fá-lo por razões de objecto epistemológico (a História estuda o Homem total) numa perspectiva de desenvolvimento de valores pessoais e colectivos , nomeadamente porque faculta o desenvolvimento do raciocínio moral a parir da análise das acções dos agentes históricos, bem como da sensibilidade estética, criatividade, do gosto pela investigação do passado, tendo em vista a acção sobre o presente numa perspectivação de um futuro melhor.
Da mesma forma e ainda no domínio dos valores, a História é capaz de fomentar, numa perspectiva diacrónica, o espírito de tolerância, a capacidade de diálogo, fomentando a defesa dos direitos humanos pela compreensão das acções e atitudes dignas e inerentes ao homem e através delas desenvolver atitudes de solidariedade em relação a outros indivíduos, povos e culturas.
O estudo da diacronia histórica permitirá que o aluno vá desenvolvendo com orgulho uma identidade cultural regional e pátria como factor integrante da consciência europeia e mundial.
O conhecimento da História levará o aluno a desenvolver o interesse pela intervenção nos diferentes espaços, em que se insere defendendo o património cultural e a melhoria da qualidade de vida ( no sentido mais lato, já que relaciona o homem com todos os espaços em que se envolve).
Na verdade, a História é também fundamental no domínio dos conhecimentos pelo desenvolvimento das noções fundamentais nas quais se move – o espaço (comum à Geografia) e o tempo – tão difíceis de equacionar em alunos até aos 15 anos de idade.
A História, com a sua inerente diacronia, é capaz de fomentar nos alunos a noção de evolução, alargar e consolidar a noção de condicionalismo, causalidade, de multiplicidade temporal ou relativismo cultural diacrónico.
Devido a estes pressupostos, a Comunidade Europeia preconiza como base de todo o curriculum escolar, as disciplinas de Língua Pátria, História e Matemática.
E, mais não digo!