Não me considero uma excelente professora no capítulo de gestão da sala de aula. Tenho episódios bem sucedidos e outros onde o clima ficou muito a desejar. Não aguentei a firmeza? Não soube dosear como diz "Alvez Redol", em Gaibéus, "o chicote e açúcar". Ceio que uma e outras experiências me devem servir de reflexão porque ambas são enriquecedoras na compreensão das relações humanas.
Quando comecei a lecionar, ao apresentar-me, a minha delgada de grupo, augurou: "A colega vai ter muita dificuldade a dar aulas, com esse pulso!"
Na verdade, eu era franzina, uns pulsinhos e corpos de catraia. Na turma de mecânica que me coube, os alunos faziam patifarias a todos os professores, queriam organizar uma visita de estudo mas ninguém queria ir. Quando me pediram para os acompanhar, eu aceitei. Vamos lá mas têm que retribuir a confiança que deposito em vocês.
Em Coimbra, compraram um boneco das Caldas para me oferecer e esperaram brincalhões pela minha reação. "Obrigada, são uns queridos, olha mais um para a minha coleção!" Ficaram defraudados. Sentiram alguma identificação? Não sei. Estava a ser natural.
Nas aulas seguintes, um ou outro ainda tentou amarrar as cadeiras, como costumavam em todas as aulas. Um impôs-se e reclamou: "Com esta professora não se faz isso".
Ganhei o meu sossego, ganhei a aprendizagem daqueles rapazes.
Outros episódios tenho sem nenhuma cientificidade.
Uma aluna que se costumava portar mal, de um dia para o outro mudou. Elogiei-a: "Sim senhora, agora gosto da forma como estás na aula, intervéns regradamente e estudas em casa". Mudaste radicalmente. "É, quando a professora me sorriu e me incentivou, percebi que o que a professora me dizia era para o meu bem.".
Quantos relatos semelhantes, mas também, quanto latim gasto sem resultado! Quanta definição dos limites, e limites ultrapassados! Vamos andando! O homem não é objeto de uma ciência exata!
Quando comecei a lecionar, ao apresentar-me, a minha delgada de grupo, augurou: "A colega vai ter muita dificuldade a dar aulas, com esse pulso!"
Na verdade, eu era franzina, uns pulsinhos e corpos de catraia. Na turma de mecânica que me coube, os alunos faziam patifarias a todos os professores, queriam organizar uma visita de estudo mas ninguém queria ir. Quando me pediram para os acompanhar, eu aceitei. Vamos lá mas têm que retribuir a confiança que deposito em vocês.
Em Coimbra, compraram um boneco das Caldas para me oferecer e esperaram brincalhões pela minha reação. "Obrigada, são uns queridos, olha mais um para a minha coleção!" Ficaram defraudados. Sentiram alguma identificação? Não sei. Estava a ser natural.
Nas aulas seguintes, um ou outro ainda tentou amarrar as cadeiras, como costumavam em todas as aulas. Um impôs-se e reclamou: "Com esta professora não se faz isso".
Ganhei o meu sossego, ganhei a aprendizagem daqueles rapazes.
Outros episódios tenho sem nenhuma cientificidade.
Uma aluna que se costumava portar mal, de um dia para o outro mudou. Elogiei-a: "Sim senhora, agora gosto da forma como estás na aula, intervéns regradamente e estudas em casa". Mudaste radicalmente. "É, quando a professora me sorriu e me incentivou, percebi que o que a professora me dizia era para o meu bem.".
Quantos relatos semelhantes, mas também, quanto latim gasto sem resultado! Quanta definição dos limites, e limites ultrapassados! Vamos andando! O homem não é objeto de uma ciência exata!