Lenda
de Santo António na rota do românico
O Marmoiral de Sobrado, em Castelo de Paiva, liga-se a uma lenda de Santo
António. "Reza a lenda que vivia ali perto Martim, um descendente dos
Bulhões. Este, apaixonou-se por Maria Teresa Taveira, mas o pai exigiu que
Martim fosse à guerra antes de casar com a filha. Na guerra foi capturado pelos
Mouros. Entretanto, o pai de Maria faleceu e esta começou a pressionada para
casar com o muito rico D. Fafes.
Após conhecer São
Francisco, Frei António passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São
Francisco nota os dons de que era possuído e dirige-se-lhe como “Frei António, meu Bispo” e encarrega-o da
formação teológica dos irmãos do Mosteiro.
No capítulo geral da
ordem dos franciscanos, é decido que Francisco vá a Roma para tratar de assuntos da ordem com
o Papa Gregório IX, que impressionado
com sua inteligência e eloquência, nomeia-o de Arca do Testamento.
Mais tarde, São
Francisco nomeia-o primeiro leitor de
Teologia da Ordem. Em seguida, mandou-o estudar teologia para ensinar os alunos
e pregar ainda melhor. Chegavam a juntar-se mais de 30 mil pessoas para o ouvir pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a
morte de São Francisco, foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da
Ordem de São Francisco.
Em Lisboa, diz-se que os sinos das igrejas começaram a repicar
sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. É, também, chamado
de Santo Antônio de Lisboa, por ser
sua cidade de origem.
Devido aos milagres acontecidos
após a sua morte, onze meses depois, foi
beatificado e canonizado pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30
de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja. Quando seu
corpo foi exumado, a sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente
e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por
Deus. Está exposta na Basílica de Santo António na cidade de Pádua.
Em 1934 foi
declarado Padroeiro de Portugal.
Em 1946 foi proclamado
Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.
Oração a Santo António
“Meu querido Santo
António dos mais carinhosos, o vosso ardente amor a Deus, as vossas sublimes
virtudes e grande caridade para o próximo, vos mereceram durante a vida o poder
de fazer milagres espantosos. Nada vos era impossível senão deixar de sentir
compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos
e vos imploramos que nos obtenhais a graça especial que nesse momento
pedimos. Ó bondoso e santo taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de
simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus, que tanto gostava
de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá as mercês que
pedimos.
Se milagres desejais
Recorrei a Santo
Antônio
Vereis fugir o demônio
E as tentações
infernais.
Recupera-se o perdido
Rompe-se a dura prisão
E no auge do furacão
Cede o mar
embravecido.
Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro a
morte
O fraco torna-se forte
E torna-se o enfermo
são.
Todos os males humanos
Se moderam e retiram
Digam-no aqueles que o
viram
E digam-nos os
paduanos.
Rogai por nós Santo
António, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.