Tenho reparado nessa falta de correção nos
jornais e imprensa em geral por parte de articulistas, até com alguma idade. Se
calhar faltam os antigos revisores, os artigos são feitos à pressa, confia-se
demasiado no corretor do computador. Não sei, na verdade!
Quanto às escolas, não atirem pedras aos
professores, entalados entre políticas educativas improvisadas e vontade de pôr
os seus alunos a pensar. No entanto, no meio de tanto audiovisual, novas
gramáticas, acordos e uma língua escrita preguiçosa, se calhar porque a leitura
literária também o é, e os livros que não são precisos para nada, ou não podem
ser comprados, ensinar a interpretar e a gostar de ler é uma tarefa de
gigantes que os professores teimam, apesar de tudo, em assumir.
Para finalizar, vou contar-vos um quadro que
presenciei entre uma mãe que se queixava de não poder comprar o “Memorial do
Convento” obra de leitura obrigatória no 12º ano e uma professora de Português
que se desdobrava em soluções, quando a mãe remata: “ é que ele já tem quase
dezanove anos e está a tirar a carta”!
Prioridades da sociedade!