sexta-feira, 29 de julho de 2016

LIBERTAÇÃO DOS CAMPOS NAZIS

A LIBERTAÇÃO DOS CAMPOS NAZIS


As tropas Aliadas  no seu movimento de libertação dos territórios ocupados pelos Nazis, depararam-se com dezenas de milhares de prisioneiros em campos de concentração. Muitos haviam conseguido sobreviver às longas "marchas forçadas" que foram obrigados a fazer entre os campos da Polónia ocupada até o interior da Alemanha. Depois de tanto sofrimento, encontravam-se muito debilitados, sofriam de inanição e diversas enfermidades.

As forças  da U.R.S.S  foram as primeiras a chegar ao campo de Majdanek, próximo à cidade de Lublin, na Polónia, em julho de 1944. Ainda surpreendidos com este avanço,  os alemães tentaram esconder as evidências do extermínio em massa demolindo o campo e incendiando o  enorme crematório, no entanto, não tiveram tempo de fazer desaparecer as câmaras de gás. Também, no verão de 1944, os soviéticos chegaram aos campos de extermínio de Belzec, Sobibor e Treblinka, já demolidos pelos alemães em 1943, depois de terem dizimada a maioria dos judeus da Polónia.  

Em 27 de janeiro de 1945 os soviéticos libertaram Auschwitz, o maior de todos os campos de concentração e de extermínio. Nessa altura, já a maioria dos prisioneiros havia sido levada para o oeste da Alemanha, em ações conhecidas como "marchas da morte", no entanto, ainda assim, foram encontrados vivos milhares de prisioneiros esqueléticos.  Embora os alemães em fuga tivessem destruído a maioria dos depósitos daquele campo, noutros campos, os soviéticos encontraram os pertences das vítimas dos nazis, bem como centenas de milhares de fatos masculinos, cerca de 800.000 vestidos, e mais de 7.000 quilos de cabelo.

Nos meses seguintes, foram libertados outros campos nos países Bálticos e na Polónia e, um pouco antes da rendição alemã, os campos de Stutthof, Sachasenhausen e Ravensbrueck.

As forças norte-americanas libertaram o campo de concentração de Buchenwald, próximo de Weimar na Alemanha, em 11 de abril de 1945, poucos dias após os nazis terem iniciado a sua evacuação. Nesse dia, uma organização secreta de resistência, formada por prisioneiros, conseguiu atacar e controlar Buchenwald, evitando  as habituais  atrocidades cometidas pelos alemães antes de se retirarem. Neste campo, foram libertados mais de 20.000 prisioneiros e posteriormente, as forças americanas também libertaram os campos de Dora-Mittelbau, Flossenbürg, Dachau e Mauthausen.

As forças britânicas dirigiram-se para o norte da Alemanha, libertando os  campos de concentração de Neuengamme e,  em meados meados de abril de 1945, entraram em Bergen-Belsen, próximo de Celle, no qual encontraram  cerca de 60.000 prisioneiros com vida, embora a maioria estivesse atacada de tifo. Com efeito, mais de 10.000 sobreviventes morreram após a libertação em consequência de subnutrição e doenças várias.

Nos campos libertados, foram observadas condições infra-humanas, pilhas de corpos sem enterramento e  uma baixíssima percentagem de sobreviventes esqueléticos devido ao trabalho forçado e à subnutrição, bem como aos maus tratos.

Como grassava a doença nestes campo, muitos tiveram que ser queimados para evitar a propagação das epidemias.

Somente após a libertação dos campos e do julgamento de Nuremberga é que o mundo se deu conta da real finalidade destes locais.

Os sobreviventes enfrentaram um longo período de restabelecimento físico e psicológico. 

https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005131- 29-07-2016