MONGE VERDE
Atormentado estava em labirinto,
sentei-me a meditar em meu jardim,
e os sonhos se fizeram de cetim
de um perfumado em rosa, qu’inda eu sinto.
E o monge se sentou perto de mim,
mãos postas, patas verdes, ser distinto,
falou-me o louva-a-deus, juro, não minto,
mimetizado à relva do capim:
“Por que tanta inquietude, amigo moço?
Soubésseis que esta vida é breve história,
jamais vós sofreríeis em sine die…
Que a morte em seu Mistério engole o poço,
e tudo o que levardes n’alma em glória
será o que viveis em carpe diem!”
Paulo Urban
http://www.amigodaalma.com.br/2011/04/22/eu-e-o-louva-a-deus/