Hoje levei, com outra
colega de História, os alunos do 9º ano a assistirem à peça “Um grito rompe o
silêncio”, construída a partir de textos do Mazola (Serafim Gesta), sobre a
história das minas de S. Pedro da Cova, no auditório da Universidade Sénior.
Foi muito interessante de
ver e apesar de ser elaborada a partir de um texto mais narrativo, os alunos e
professores ficaram cativados pela genica daquelas atores. Bem hajam.
No entanto, esse
espetáculo permitiu-me recordar além de alguns rostos conhecidos, a minha
infância. Sim, porque o auditório da Universidade Sénior está instalado no Cine
Teatro da Ala, para onde eu ia muitas vezes, à moda do “Cinema Paraíso” (para
quem viu) ver o filme da cabine do projecionista. Era o supremo espetáculo: o
filme a correr, em bobines e a projetar-se na tela, a fita a partir e a ser
necessário compor e ainda, os beijos e outras cenas “chocantes” que já vinham
retiradas do conjunto do filme. Ali, eu sentia-me privilegiada, como certamente
era natural, a ver filmes que, às vezes, não eram para a minha idade
cronológica, na companhia do Bilho, o artesão projecionista, a poder espreitar
a plateia no intervalo, e eu própria a sentir-me estrela de um filme que
transformava a realidade.
https://www.youtube.com/watch?v=VUdRMBn34BA
– cinema Paraíso