sexta-feira, 4 de abril de 2014

Um grito rompe o silêncio










Hoje levei, com outra colega de História, os alunos do 9º ano a assistirem à peça “Um grito rompe o silêncio”, construída a partir de textos do Mazola (Serafim Gesta), sobre a história das minas de S. Pedro da Cova, no auditório da Universidade Sénior.
Foi muito interessante de ver e apesar de ser elaborada a partir de um texto mais narrativo, os alunos e professores ficaram cativados pela genica daquelas atores. Bem hajam.
No entanto, esse espetáculo permitiu-me recordar além de alguns rostos conhecidos, a minha infância. Sim, porque o auditório da Universidade Sénior está instalado no Cine Teatro da Ala, para onde eu ia muitas vezes, à moda do “Cinema Paraíso” (para quem viu) ver o filme da cabine do projecionista. Era o supremo espetáculo: o filme a correr, em bobines e a projetar-se na tela, a fita a partir e a ser necessário compor e ainda, os beijos e outras cenas “chocantes” que já vinham retiradas do conjunto do filme. Ali, eu sentia-me privilegiada, como certamente era natural, a ver filmes que, às vezes, não eram para a minha idade cronológica, na companhia do Bilho, o artesão projecionista, a poder espreitar a plateia no intervalo, e eu própria a sentir-me estrela de um filme que transformava a realidade.